quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Espiritualidade & Ocultismo na Mídia Brasileira

PUBLICAÇÕES

No Tempo da Planeta

Em 2012 a revista deixou seu viés esotérico/espiritualista/ufologista para se dedicar aos temas ambientais, que realmente careciam (e ainda carecem) de mais atenção e popularização. Entretanto, a edição impressa, ao que parece, sumiu e o que existe hoje é uma versão virtual que contém todo o rico material do passado mesclado à sua atual proposta ecológica e científica. A verdade é que entre 1972 e 2012 essa revista foi o principal informativo fomentador da curiosidade e da sede de saber dos Buscadores Espirituais, com artigos de consistência, bem fundamentados e bem escritos. Suas edições especiais sobre Tarot, I Ching, Quiromancia, Cristais, Numerologia, Grafologia, e Xamanismo, entre outras, impulsionaram o caminho de muitos servidores dessas disciplinas que atuam hoje!

A edição especial sobre Tarot,
impulsionando a tarologia no Brasil.

*A revista Planeta foi uma publicação mensal da Editora Três que circulava no Brasil desde 1972, e abordava temas como esoterismo, ufologia, parapsicologia e política ambiental. Em 2020, a revista encontrava-se descontinuada; sua última edição regular foi a de nº 548, de 10 de setembro de 2019. Foi a primeira revista da Editora Três, criada como uma versão brasileira da Planète, fundada em 1963 pelos franceses Louis Pauwels e Jacques Bergier, autores do clássico "O Despertar dos Mágicos" (1961). Porta-voz de um movimento de renovação intelectual chamado realismo fantástico, essa revista fazia furor na França e em outros países onde era editada, para o qual convergiam, ao mesmo tempo, vários vetores da contracultura.

E viva a contracultura! (Hoje quase vencida pelo capitalismo selvagem!)

Esta é a sua versão digital: REVISTA PLANETA

Ainda valendo muito a pena!

*Fonte: Wikipédia

Uma Revista Chamada Destino

Circulou nas bancas brasileiras entre 1990/1997 com o slogan "Esoterismo levado a sério", mas não foi bem assim. O periódico teve sim a sua contribuição, popularizando o conhecimento esotérico entre os mais jovens de forma "fácil", mas que gradualmente descambou para a leviandade! Seu sucesso se deu não só por causa das previsões astrológicas mensais para todos os signos, mas sobretudo por revelar as preferências de celebridades por certas práticas mágicas ou místicas. A atriz Marisa Orth revelou em entrevista de sua predileção pelo I Ching para se aconselhar e refletir. Araci Balabanian aparece abrindo suas Runas numa outra reportagem, e o ator Marcos Breda se revela um estudioso da Astrologia, e que também consultava o Tarot a cada seis meses. Isso ajudou a tirar muito do preconceito que as artes divinatórias ainda sofriam no Brasil naquele tempo. 

O formato pequeno da revista visava
atingir o público feminino jovem.

As colunas "Os magos" e "O país" também impulsionaram seu sucesso. A primeira mostrando a trajetória e o trabalho sério de pessoas como Léo Artese (xamanismo), Gilda Telles (Tarot), e Celso Fortes de Almeida (xamanismo). A outra trazendo previsões mensais para o Brasil com um grande número de acertos precisos, e para isso contava com a colaboração de consultores oraculares consagrados como Namur Gopalla (Tarot), Bosco Viegas (Numerologia Cabalística), e Maria José de Oliveirado (Runas), entre outros... Porém, a sua tendência populista logo a tornaria a percussora de bobagens do tipo: "as Runas revelam seu destino no amor", ou "descubra como é sua sexualidade pela primeira letra do seu nome", e outras baboseiras reducionistas que se perpetraram e depois migraram para o YouTube!

Apesar de não ter (nem de longe) a mesma profundidade e o mesmo alcance da revista PLANETA, que ficou 47 anos em circulação, a revista DESTINO ajudou a propagar a onda espiritual, mágica e ocultista que se intensificava pelo mundo com a passagem de Plutão em Escorpião (1983/1995).

PROGRAMA DE TEVÊ

O Programa Terceira Visão

Foi ao ar entre 1986 e 1988 pela Rede Bandeirantes de televisão, e é uma das maiores provas da pátria mediúnica e espiritual que o Brasil é! Impensável nos dias de hoje, onde nossa mídia está tomada de lobby "cristão" evangélico de um lado, e de ateísmo ideológico de outro! Foi criado pelo diretor Augusto Cesar Vanucci (1934/1992) em sua passagem pela Rede Bandeirantes, onde foi responsável pela linha de shows da emissora. O programa “3ª Visão” mostrava entrevistas de estúdio e reportagens sobre mediunidade, curas psíquicas e outros fenômenos da paranormalidade dentro de uma perspectiva espiritual.

Vinheta de abertura do programa.

O destaque do programa eram as performances de Luiz Antônio Gasparetto (1949/2018), que fazia demonstrações de pintura mediúnica, um fenômeno que o tornou internacionalmente famoso, objeto de estudos e foco de interesse de jornais, revistas e várias redes de tevê. Ia ao ar nas noites de sexta.

Encerrando esta série de três artigos, sobre as revistas PLANETA e DESTINO, e agora sobre o programa 3ª Visão, para resgatar um pouco da memória de como se deu o desenvolvimento dos temas espirituais e esotéricos/ocultistas no Brasil desde os anos 70 até hoje, o tempo de maior aceleração dessa proposta de visão tão profunda sobre a vida. Espero que tenha inspirado reflexões sobre aprender com os erros passados, mas também o de resgatar valores perdidos!

No YouTube tem alguns dos episódios da série. Abaixo o link do episódio "Sensitivos": Terceira Visão


sexta-feira, 15 de setembro de 2023

As Idades dos Chakras

Chakras, centros de energia, 
consciência e transformação.

Há uma interessante relação entre a passagem do tempo e o desenvolvimento dos planos de consciência e sua relação com os chakras da filosofia tântrica da Índia. A cada ano, durante os sete primeiros anos de vida, vamos abrindo um dos sete planos de consciência a medida em que também nos desenvolvemos fisicamente. O mundo biológico e os planos sutis entrelaçam suas conexões a cada nova encarnação. Ao final de cada ciclo de sete anos repassamos cada um dos sete planos de consciência, e isso se dá inúmeras vezes da infância à maturidade, e assim até o fim de cada existência. Em poucas palavras somos chamados durante cada pequeno ciclo de um ano a retomar a função central e equilibrada de cada um dos fluxos energéticos que sustentam nossas vidas neste planeta, a fim de que possamos evoluir nas expressões mais elevadas de cada uma dessas frequências. A seguir uma breve relação das regências e influências de cada chakra, no plano físico, mas sobretudo no âmbito psicológico e energético. Essa relação não define de modo nenhum toda a profundidade e abrangência deste tema, mas pretende apenas uma ilustração da relação entre os planos físico, psicológico e espiritual. Sugiro aos leitores que pesquisem mais sobre o tema dos Chakras e suas relações com a vida prática da humanidade em sua escalada evolutiva.

1°) Muladhara Chakra (Terra) – localizado entre o ânus e os órgãos genitais é o Chakra da estrutura do corpo, ossos, carne e pele. Rege a conexão com o corpo e os instintos básicos de sobrevivência, bem como da sexualidade animal que detém em si um poderoso vórtice de energia que se elevado proporciona a elevação da consciência. Esse vórtice de energia adormecida é a Kundalini. Enquanto o fluxo deste Chakra não é equilibrado as necessidades básicas de sobrevivência são afetadas e a sexualidade tem sua força pervertida ou desequilibrada. A posse, a ganância e materialismo exacerbado são frutos desse desequilíbrio.

– Idades do Muladhara: 1, 8, 15, 22, 29, 36, 43, 50, 57, 64, 71, 78, 85, 92, 99.

Nesses períodos estamos desenvolvendo nosso sentido de segurança e autopreservação. A criança sente o impulso natural de se alimentar e se proteger. Corre de sons e formas que pareçam ameaçadoras. O adulto começa a repensar seu sentido de valor pessoal e de segurança, tanto financeira quanto emocional. Há também a possibilidade de mudar hábitos, sobretudo de saúde e alimentação, liberar apegos ou reafirmar valores esquecidos, ou ainda agregar novos. O corpo físico pode exigir cuidados que podem incluir dietas e atividade física, como também balanceamento energético, conexão com a terra e a natureza como um todo.

2°) Svadhisthana Chakra (Água) – Rege órgãos e glândulas reprodutoras no plano físico, e a interação com os outros e o mundo ao redor. Como sua regência é da água, simboliza nossas emoções e o quanto são estimuladas nas nossas interações. Quando em desequilíbrio nos tornamos muito reagentes aos estímulos externos e vulneráveis demais às demandas energéticas e emocionais vindas de fora. Esse Chakra fala do prazer da troca e do convívio íntimo, bem como do descontrole emocional e das relações de interdependência ou não, nos afetos. Este é o Chakra que revela se nos tornamos ou não permeáveis ao mundo e o quanto.

– Idades do Svadhisthana: 2, 9, 16, 23, 30, 37, 44, 51, 58, 65, 72, 79, 86, 93, 100.

Nesta fase começamos a estabelecer conexão com as coisas e as pessoas do nosso meio, fazendo experimentos de interação, descobrindo o que nos dá prazer e o que nos repugna. A forma de se relacionar pode mudar significativamente na vida adulta, abrindo ou fechando o campo pessoal às interações com os outros. A expressão da afetividade através da interação física também sofre alterações. A descoberta de como podemos viver de forma mais prazerosa a vida, tanto na intimidade quanto na rotina dos afazeres mundanos e concretos também sofre alterações. É o primeiro plano criativo, é aqui que se aprende adaptação ao outro.

3°) Manipura Chakra (Fogo) – Este é o Chakra solar, e rege nosso poder pessoal e autoconfiança. No corpo rege o aparelho digestivo, e o fogo gástrico. Quando nos posicionamos no mundo e nos sentimos capazes de enfrentar as demandas da vida com total confiança em nós mesmos e em nosso potencial é nele que focamos. O sentido mais consistente de identidade pessoal e conexão com o poder do fogo interior da vida. Com a plenitude desta consciência conseguimos nos posicionar diante de situações que exijam uma atuação mais firme e contundente de nossa parte. Rege o intelecto, o ego, a força de vontade e a luta pela sobrevivência no dia a dia.

– Idades do Manipura: 3, 10, 17, 24, 31, 38, 45, 52, 59, 66, 73, 80, 87, 94, 101, 108.

A afirmação do eu se manifesta nesse período, a criança aprende a diferenciar o que é o eu e o outro. Da mesma forma o adulto reforma, ou reafirma, seu modo de se colocar na vida, e delimitar seu espaço de atuação. A consciência deste chakra está muito relacionada ao plano da sobrevivência, do trabalho e do como queremos ser vistos no mundo. Tem direta relação com a autoimagem, e do quanto nos empoderamos, ou nos enfraquecemos, e com como o mundo exterior reage ao que somos e fazemos. Durante este período pode acontecer uma reconstrução da imagem, do trabalho e daquilo que conhecemos como nossa expressão no mundo!

O Eterno ciclo de nascer e renascer,
a saga humana pela evolução da consciência
e a libertação da roda de Samsra.

4°) Anahata Chakra (Ar) – Este é o Chakra que interliga os planos superiores aos inferiores. Rege coração e pulmões. É o ponto da consciência do amor pleno sem cobranças ou expectativas quando está na sua potência superior. Ativa a capacidade de dar completamente a uma causa, fé ou pessoa sem restrições. O tipo de amor relatado aqui não tem a ver com as regras do ego carente e manipulativo. Sua função no sistema físico/energético é justamente acumular e distribuir para os outro Chakras do corpo a energia vital (prana) que fui juntamente com o ar que respiramos. É a abertura irrestrita à vida e ao próximo.

– Idades do Anahata: 4, 11, 18, 25, 32, 39, 46, 53, 60, 67, 74, 81, 88, 95, 102, 109.

Se no segundo plano aprendemos sobre adaptação e conexões primárias e instintivas, aqui as conexões mais profundas são estimuladas. O amor, ou a ausência dele, são intensamente refletidos aqui. Nesse período a criança aprende sobre amar e ser amada e como comunicar isso às pessoas do seu convívio. Aprende também sobre entrega e confiança, e a falta desse aprendizado desestruturará os vínculos deste adulto. Nos adultos é hora de pensar o significado e o valor das relações interpessoais mais profundas, bem como a empatia com o sofrimento dos seus semelhantes. Da mesma forma revê o quanto se deu de coração a causas ou pessoas.

5°) Vishuddha Chakra (Éter) – Este é o plano da comunicação e dos julgamentos que emitimos sobre as coisas da vida. Rege a garganta, nariz e ouvidos. É o centro da expressão criativa em sua totalidade. Músicos, compositores, oradores, e comunicadores de forma geral tem este Chakra forte. Esse é um importante ponto de expressão do “Eu”, por isso também associado à confiança em si mesmo, e seus julgamentos da realidade. Este chakra está muito associado ao modo com que nos expressamos na vida e ao tanto que confiamos nesse modo ou maneira de ser. Quando bem equilibrado traz a capacidade de ser firme e verdadeiro, mas também suave e gentil.

– Idades do Vishuddha: 5, 12, 19, 26, 33, 40, 47, 54, 61, 68, 75, 82, 89, 96, 103, 110.

Este é o plano da comunicação, da criatividade e da expressão para o mundo das ideias e das nossas criações (a comunicação em todas as suas manifestações). É quando a criança começa a desenhar e querer escrever e falar com todos que a cercam. A busca da expressão em todas as suas formas. Na vida adulta tem a ver com rever nossa forma de se expressar e refletir sobre o que temos comunicado para o nosso meio, e como isso afeta nossa realidade. Este é muitas vezes, um ciclo de mudar formas e expressão ou descobrir novas. Coisas como novos talentos aptidões ou campos de interesse que reestruturam de algum modo a nossa vida e consciência.

6°) Ajna Chakra – Rege a hipófise e a parte frontal do cérebro.. Este é o Chakra da iluminação da consciência, sede da alma e o portal da Consciência Superior. É a abertura do dom da intuição que é o guia Superior da consciência que revela a verdade por trás das aparências deste mundo concreto, e também da vidência que são as imagens da visão interior que revelam o porvir e a verdade oculta. Com este Chakra desperto podemos, enfim, atingir a revelação do propósito de nossa existência! Paradoxalmente rege a mente concreta e objetiva. A razão plena, clara e lúcida de si mesma. Esse Chakra tem duas pétalas que simbolizam os poderes racionais e mediúnicos da mente e da consciência humana.

– Idades do Ajna: 6, 13, 20, 27, 34, 41, 48, 55, 62, 69, 76, 83, 90, 97, 104, 111.

Neste plano de consciência é que se desenvolve as aptidões do intelecto e das visões superiores do mundo imaterial. Nessa fase a criança tanto aprende a discernir sobre alguns fatos do seu mundo próximo quanto exercita sua capacidade de imaginar, ou visionar, as coisas que quer para si. Para a vida adulta esta é a fase de ampliar nossas visões de mundo, novos aprendizados ou o despertar para novos planos de consciências antes ignorados ou negados. O despertar da visão interior, da intuição ou outros dons psíquicos, como também da intelectualidade profunda e do conhecimento acadêmico se dão neste período. É a visão do todo e da integridade da Vida!

7°) Sahasrara Chakra – Rege a glândula pineal e a integração dos hemisférios do cérebro. Este é o Chakra da integração corpo, mente e espírito. É a conexão da consciência humana com o Infinito, o Grande Mistério, o Sagrado ou Deus... Rege a inteligência aguda, a memória profunda e o foco pleno. Quando desperto as perspectivas sobre a vida se tornam claras e positivas. Toda a crença no mal ou na injustiça são substituídas por um sentimento de que tudo corre dentro de um plano de perfeição Superior, com um propósito evolutivo ainda que incompreensível num determinado a nós dentro de um certo período de espaço tempo. Traz a serenidade dos santos diante dos reveses da vida...

Idades do Sahasrara: 7, 14, 21,28, 35, 42, 49, 56, 63, 70, 77, 84, 91, 98, 105, 112.

Nesta fase da vida a criança demonstra imenso interesse pelo seu meio e expressa um desejo intenso de interagir ajudar ao próximo. É quando elas expressam um sentimento de totalidade com a sociedade em que vivem, e também com a natureza! Já nessa fase da vida o adulto se questiona sobre o seu papel na vida das pessoas que ama, da sua comunidade e até mesmo no mundo! Revisa suas realizações e se questiona se há outras no porvir. Nesse período há uma ruptura com as realidades vividas até então, e a busca por novas realizações e espaços para auto expressão. Espiritualidade ou ampliação das perspectivas de vida despontam nessa fase da vida.

Leitura: Chakras - Centros Energéticos de Transformação, de Harish Johari. Edit. Bertrand Brasil, São Paulo 1994.


segunda-feira, 6 de março de 2023

O 15 - O Número da Lua Cheia

O 15 é o número da Lua cheia, pois em um mês sinódico de 29 dias, no décimo quinto dia é Lua cheia. Em culturas antigas e matriarcais, que concediam à Lua a maior honraria, o ápice de sua floração e brilho era um bom motivo para se comemorar, talvez até um dia sagrado, e o 15, um número sagrado. Assim, ele era considerado na Suméria e na Babilônia o número da deusa do amor e rainha dos céus, Inanna (Ishtar). Na medida em que os valores solares emergentes suplantaram os lunares, antes sagrados, todos os atributos da noite foram taxados de nebulosos e nocivos, e o maior corpo celestial foi maldito.


Por isso, não nos surpreende encontrar no Tarot o 15 como o número do DIABO. Ele também representa o número de desejos pecaminosos da carne que Paulo enumerou em sua carta aos gálatas (Gal. 5:19-21).

O DIABO

Uma interpretação esclarecedora vê na famosa Tabuada da Bruxa Goethe (Fausto I, Cozinha da Bruxa) instruções para se formar um quadrado mágico com esse número 15 demoníaco na soma transversal.
Pelo fato de o 15 ser a soma dos cinco primeiros números (1 + 2 + 3 + 4+ 5 = 15), e ser assim um "grande cinco", não surpreende que ele assuma também a ambivalência do número 5. Assim como a estrela de cinco pontas pode representar tanto algo bom quanto ruim, o 15 possui também um polo claro e um escuro. O lado claro desse número simboliza que se alcançou o ponto máximo, que se escalou um pico. Assim, a décima quinta estação da Via Sacra é a ressurreição, para a qual não se precisa de nenhuma ilustração.

O caminho para o Templo de Jerusalém passava por quinze degraus. Cada degrau correspondia a um dos quinze salmos dos degraus ou ascensão (salmos 120-134), que os devotos cantavam ao subir degrau por degrau em sua peregrinação para Jerusalém. Esse simbolismo torna-se mais evidente no caminho de Maria para o templo. Segundo o Evangelho apócrifo de Tiago, Maria foi levada ao templo por seus pais Joaquim e Ana quando tinha 3 anos, e lá permaneceu durante nove anos até o seu noivado com José. Nas pinturas sacras existem inúmeras ilustrações sobre esse tema, que mostram como a pequena Maria subiu os quinze degraus do templo para se dedicar à grande tarefa que tinha pela frente. Ao subir esses degraus ela se torna, de certa maneira, a Lua cheia, o símbolo da mulher e mãe totalmente desabrochada, pois, como Mãe de Deus, ela mesma passa a ser mais tarde um emblema do templo (Mãe Igreja), que traz o Divino para o mundo. Por Maria reunir em si, sob diversos aspectos, o simbolismo lunar das grandes rainhas celestes dos tempos antigos, não é de se estranhar que o número da Lua cheia esteja relacionado com essa consagração.

O Diabo, do Tarot Namur.

Como 3 x 5, o 15 também faz a ligação entre o 3 divino e o 5, o número dos homens. Essa ligação encontra-se nos quinze mistérios do rosário, que o fiel reza dez vezes, e que o faz recordar os 150 salmos.

A maturidade que a Lua cheia atinge no décimo quinto dia, assim como o fato de ela depois minguar e desaparecer, é evocada no conto de fadas "A Bela Adormecida" que no seu aniversário de 15 anos encontra a chave para a porta proibida. Contudo, passam-se cem anos até que a Bela Adormecida seja beijada e acorde. A Lua, entretanto, surge novamente já no décimo sétimo dia depois da Lua cheia.

*Extraído do Livro "Simbolismo e o Significado dos Números", de Hajo Banzhaf. Editora Pensamento, 2009. 

sábado, 28 de janeiro de 2023

Descobrindo seu Mês de Poder (ou de Influência)


Lembram que o Ano pessoal é o número que resulta da soma do seu dia + mês de nascimento + ano do último aniversário? E que o ápice do ano é esse número + o mês que somado a ele resulte resulte 1?

Bem, este é o seu mês de Poder ou Influência! Mas o que significa? Vamos primeiro descobrir como se chega lá:
Ano pessoal de alguém que nasceu em 20 de outubro de 1922. Note que o ano do último aniversário é 2022. Então o cálculo para descobrir o número do ano pessoal e esse: 2+0+1+0+2+0+2+2 = 9. O seu Ano Pessoal é 9!

O 9 é um ciclo de encerramentos e amadurecimento, de preparação para um novo estágio evolutivo.

Qual o mês de poder ou influência desta pessoa?
É o mês ou os meses que somados à 9 resultam em 1. Neste caso janeiro, mês 1, e outubro, mês 10 (10 = 1+0 = 1)... Assim 9+1 = 10 = 1.
Lembrando que na Numerologia Pitagórica os números são sempre reduzidos a um único dígito.
O mês de Poder ou influência é aquele em que a potência deste Ano Pessoal é ativada ou ampliada. Coisas significativas ocorrem nele, ou podemos conscientemente começar coisas importantes a partir dele.

Reflita e siga a tabela abaixo:

Ano Pessoal 1 mês de Poder setembro/9

Ano Pessoal 2 mês de Poder agosto/8

Ano Pessoal 3 mês de Poder julho/7

Ano Pessoal 4 mês de Poder Junho/6

Ano Pessoal 5 mês de Poder maio/5

Ano Pessoal 6 mês de Poder abril/4

Ano Pessoal 7 mês de Poder março/3 e dezembro/12

Ano Pessoal 8 mês de Poder fevereiro/2 e novembro/11

Ano Pessoal 9 mês de Poder janeiro/1 e outubro/10