sexta-feira, 26 de junho de 2020

E se os Números Fossem Animais?

Animais totem, guias animais através
do mundo espiritual...
Eis um bom exercício imaginativo intuitivo para aprofundar a percepção intuitiva dos números. Quais animais parecem representar melhor as qualidades básicas, ou instintivas de cada número para você? Apresento aqui a minha relação de animais que simbolizam melhor tais características, não só tendo por base seu comportamento na natureza, mas também sua simbologia esotérica e mítica. Os animais totem, por exemplo, são guias espirituais com forma animal que guiam e orientam as pessoas no seu próprio processo de autoconhecimento e cura espiritual, como ensinam as tradições xamânicas. Os animais e sua íntima conexão com a história e a espiritualidade humana remontam desde os primórdios da civilização. Muitos deuses e divindades com forma animal, bem como criaturas míticas, com a aparência de animais que enfrentaram heróis em suas sagas e contribuíram, inclusive com suas vidas, para a ascensão dos mesmos. Os animais aqui representados incorporam um pouco dessa magia, tanto por sua beleza, força e mistério quanto pelos mitos que eles inspiraram ao longo da história.

Vamos a eles:

NÚMERO 1 – Leão

Leão, símbolo de força e nobreza.
Imagem: Una e o Leão, 

de Briton Rivière (1840/1920).
Um animal forte e coletivo, o leão representa força, coragem e nobreza. Não foge de confrontos e precisa delimitar o seu território. Equilibra sua natureza familiar e grupal com a sua individualidade marcante. Ele se arrisca pelo grupo, mas quer ser o primeiro comer nas caçadas. Assim como as pessoas com muitos números 1 em seus mapas numerológicos. São fortes e familiares, mas precisam de reconhecimento e atenção. Não apreciam invasões ao seu espaço, gostam de dar e receber respeito. A “nobreza” atribuída a este animal faz com que as pessoas 1 apreciem coisas como honra, palavra, respeito, dignidade e comprometimento. As lutas travadas na savana pelos leões reais simbolizam bem os enfrentamentos que as pessoas 1 têm ao longo de sua história. Muitas dessas pessoas sentem a própria vida como uma corrida de obstáculos onde tudo o que lhes é importante e mais caro tem de ser conquistado, como numa constante afirmação da sua vontade pessoal.

NÚMERO 2 – Camelo

O camelo, não é à toa que é representado como o veículo
dos Três Reis Magos em sua devoção ao seguir um presságio.
Um animal silencioso e capaz de grande resiliência física, que sempre encontra onde há água e que sempre acha o caminho de casa. Muitos povos do deserto contam histórias de homens mortos que chegam em cima de seus camelos! Simboliza a capacidade de suportar grandes esforços, e de ser um servidor calado. No Saara os povos nômades fazem de tudo para garantir o bem estar do seu camelo, pois não emite um único som que denuncie cansaço ou enfermidade, e quando caem é para não mais levantar. Na Cabala a terceira letra hebraica, Guímel, significa camelo.  O caminho cabalístico dessa letra é o mais longo da Árvore da Vida, e o que perpassa o “caminho do abismo”, aquele que passa por Daath, o Conhecimento. Este é o caminho do silêncio e da contemplação, de se ouvir a “Voz Interior” para não se perder a conexão com a essência do espírito na sua busca pela comunhão com Deus. Muitas semelhanças com o simbolismo do número 2, como introspecção e reserva sobre os próprios sentimentos, intuições profundas sobre as coisas e as pessoas que o cercam, bem como seu desejo de ser útil e colaborar com o próximo, no sentido de aliviar o seu sofrimento.

NÚMERO 3 – Macaco

Hanuman, o deus macaco da Índia.
Animal que simboliza a destreza, a curiosidade, a vontade de aprender e a exploração do novo. Na Índia representa o deus Hanuman, que era um deus guerreiro, e também um disseminador do conhecimento espiritual para os seres humanos. Essa divindade possuía muitos poderes, entre eles o de voar e de o aumentar muitas vezes o próprio tamanho! O macaco é um animal atribuído ao planeta Mercúrio, símbolo da comunicação, da inteligência e do conhecimento sagrado. Este planeta se opõe de forma complementar ao planeta Júpiter, normalmente associado ao número 3. Uma clara alusão à necessidade de ampliar o próprio saber e percepção de vida, tão fundamentais àqueles que possuem esse número em proeminência em seus mapas. O “crescer e voar” de Hanuman também aludem a esse movimento de crescer e expandir, tão presentes nas pessoas número 3. A alegria, o prazer e as brincadeiras também associadas a este animal combinam bem com a alegria do 3...

NÚMERO 4 – Boi

O Boi Ápis do antigo Egito.
Também símbolo de força e serenidade, o boi é uma força de trabalho e de reprodução, símbolo de poder material e trabalho que leva à estabilidade financeira. No Egito antigo o Boi Ápis representava a terra e a força criadora da vida. Ele era associado ao deus Ptah, o arquiteto e construtor do mundo que se originou do seu pensamento, e foi realizado por sua palavra! Os gregos também tinham um touro mitológico, o Touro de Creta, que representava a base da civilização grega em suas tradições de beleza e riqueza. Em todos esses mitos o boi ou o touro aparece como um símbolo de trabalho, organização e estruturação que levam à grandeza. As pessoas com muitos 4 em seus nomes tendem a valorizar todas essas coisas. Creem que o trabalho dignifica a alma, e amam se sentirem produtivas. Detestam a dúvida, tanto quanto a precipitação, e preferem a praticidade à idealização excessiva. A solidez bovina combina muito bem com os melhores atributos do número 4 pela vida.

NÚMERO 5 – Serpente

A Serpente da Kundalini.
Um símbolo de renovação e mudança, tanto quanto de baixos instintos e maldade, a serpente deve isso tanto ao fato de renovar a si mesma com inúmeras e sucessivas mudanças de pele ao longo de sua vida, quanto ao seu comportamento de ataque por emboscada e mordida venenosa. Na mitologia hindu aparece como a Serpente da Kundalini que descansa na base da coluna e que na hora da iluminação da consciência dispara se elevando subitamente por todos os chakras, iluminando a consciência no processo. Para os gregos é Ouroboros, cujo nome significa literalmente “aquele que morde a própria cauda”. A serpente grega representa o conceito de elevação da mente linear (o chão sob o qual se arrasta), para um outro nível de consciência (o círculo, símbolo da perfeição e totalidade). As pessoas 5 são mutáveis, aventureiras, sexuais e experimentalistas; mas também instáveis, sem foco e direção interior definida. Devem absorver de cada experiência a sua essência, a quintessência, para então encontrar seu propósito e realização na vida.

NÚMERO 6 – Lobo

Lobo, animal sábio e misterioso.
Assim como o leão o lobo não possui muito boas referências no imaginário popular. Na Europa foi desde o amaldiçoado rei Licáon (ou Licaão), que por sua violência e maldade foi condenado por Zeus a viver como um homem lobo, sendo o primeiro lobisomen, até o Lobo Mau dos contos de fadas. Na verdade os lobos são animais sociáveis e familiares que se organizam em alcateias com estruturas hierárquicas bem definidas, e vivem em relações monogâmicas para toda a vida. Os nativos da América do Norte veem no lobo o guia, Mestre ou professor que ilumina os caminhos dos outros, e como o protetor da família e dos relacionamentos. Assim também as pessoas 6 são bem zelosas e ocupadas com o bem estar de suas famílias, amam a estabilidade, a tradição, a rotina, a beleza e o conforto. Por outro lado podem ser conservadoras demais e muito fechadas em seus “círculos” pessoais de relacionamento, fechando-se para o novo e as novas perspectivas.

NÚMERO 7 – Coruja

Coruja, animal repleto de mistérios e lendas.
Animal de hábitos noturnos tem sido tanto associada ao estudo profundo, à erudição e à sabedoria quanto ao mau agouro e os submundos sombrios.  O primeiro aspecto se deve graças a sua associação com as deusas Athena grega e Minerva romana, como seu animal totem, o segundo aspecto se deve, sobretudo, pelo fato de as corujas muitas vezes frequentarem cemitérios atrás de sua presa urbana favorita: os ratos... Possuem a capacidade enxergar e ouvir no escuro com absoluta precisão. Esse mover-se entre as trevas tem sido o seu mote para a sabedoria, a pesquisa e o saber incomum. De fato as pessoas 7 são profundas, reservadas e dadas ao estudo de coisas sutis, sofisticadas, ou raras. Possuem tanto um desejo de compreensão científica quanto metafísica das coisas do mundo. As pessoas 7 precisam de um tempo de silêncio, retiro e introspecção para recobrar seu equilíbrio interno, assim como as corujas se recolhem em suas tocas, em velhos troncos de árvores, para reunir forças para as caçadas da noite, e se proteger dos elementos.

NUMERO 8 – Águia

Zeus, transformado numa águia, sequestra
Ganimedes, o mais lindo dos mortais.
Um animal poderoso, guerreiro e muito habilidoso que inspira muitos mitos positivos relacionados à amplitude de visão, nobreza, poder e grandiosidade. Também chamada de “A Rainha dos Céus”, foi o emblema dos maiores impérios do mundo, como Roma, Pérsia, Prússia e Estados Unidos! Por seus olhos serem capazes de fitar o Sol diretamente acabou se tornando símbolo do poder de clarividência. Era o animal símbolo de Zeus, com o qual contemplava a vida na Terra e no qual se transformou quando quis sequestrar o belo Ganimedes para torná-lo copeiro dos deuses do Olimpo. Considerada um animal Psicopompo, ou seja, o condutor das almas dos homens para o reino divino. No xamanismo das tribos nativas da América do Norte a "Medicina da Águia" também representa a ascensão e a comunicação com o mundo espiritual. O número 8 também é um número que estimula seus nativos à ascensão material, pessoal, psicológica e até espiritual se tiver pendores místicos no resto dos seus mapas, daí sua conexão com esses animais fabulosos.

NÚMERO 9 - Cavalo

Quíron, o centauro sábio...
Um animal majestoso e nobre que na mitologia nórdica foi consagrado ao seu deus supremo Odin, que possuía um cavalo mágico chamado Sleipnir, um corcel mágico e poderoso de oito pernas que era o mais veloz do mundo! Seu nome significa "aquele que voa ou plana". Outro mito que os cavalos inspiraram foi o dos centauros, metade homens metade cavalos. No começo eram inimigos dos homens, pois que se tornavam violentos ao se embriagarem. Um deles, entretanto, se tornou a personificação da consciência elevada, da sabedoria e da devoção espiritual: o nobre centauro Quíron. Era um curador e educador sábio a quem foi confiada a preparação dos grandes heróis da Grécia. Ferido por uma flecha envenenada não morria, pois que era imortal, mas sofria sem parar e o seu sofrimento o tornou um curador perfeito e empático! Como as pessoas 9 que buscam os altos ideais para contemplar a vida, e tornar o mundo melhor a partir de seu próprio sofrimento e agonia. O que os faz caridosos humanitários, e naturalmente espirituais.

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