Animais totem, guias animais através do mundo espiritual... |
Eis um bom exercício imaginativo
intuitivo para aprofundar a percepção intuitiva dos números. Quais animais
parecem representar melhor as qualidades básicas, ou instintivas de cada número
para você? Apresento aqui a minha relação de animais que simbolizam melhor tais
características, não só tendo por base seu comportamento na natureza, mas
também sua simbologia esotérica e mítica. Os animais totem, por exemplo, são
guias espirituais com forma animal que guiam e orientam as pessoas no seu
próprio processo de autoconhecimento e cura espiritual, como ensinam as tradições
xamânicas. Os animais e sua íntima conexão com a história e a espiritualidade
humana remontam desde os primórdios da civilização. Muitos deuses e divindades com forma animal,
bem como criaturas míticas, com a aparência de animais que enfrentaram heróis em suas sagas e contribuíram, inclusive com suas vidas, para a ascensão dos mesmos. Os animais aqui representados
incorporam um pouco dessa magia, tanto por sua beleza, força e mistério quanto
pelos mitos que eles inspiraram ao longo da história.
Vamos a eles:
NÚMERO 1 – Leão
Leão, símbolo de força e nobreza. Imagem: Una e o Leão, de Briton Rivière (1840/1920). |
Um animal forte e coletivo, o
leão representa força, coragem e nobreza. Não foge de confrontos e precisa
delimitar o seu território. Equilibra sua natureza familiar e grupal com a sua
individualidade marcante. Ele se arrisca pelo grupo, mas quer ser o primeiro
comer nas caçadas. Assim como as pessoas com muitos números 1 em seus mapas
numerológicos. São fortes e familiares, mas precisam de reconhecimento e
atenção. Não apreciam invasões ao seu espaço, gostam de dar e receber respeito.
A “nobreza” atribuída a este animal faz com que as pessoas 1 apreciem coisas
como honra, palavra, respeito, dignidade e comprometimento. As lutas travadas
na savana pelos leões reais simbolizam bem os enfrentamentos que as pessoas 1 têm
ao longo de sua história. Muitas dessas pessoas sentem a própria vida como uma
corrida de obstáculos onde tudo o que lhes é importante e mais caro tem de ser
conquistado, como numa constante afirmação da sua vontade pessoal.
NÚMERO 2 – Camelo
O camelo, não é à toa que é representado como o veículo dos Três Reis Magos em sua devoção ao seguir um presságio. |
Um animal silencioso e capaz de
grande resiliência física, que sempre encontra onde há água e que sempre acha o
caminho de casa. Muitos povos do deserto contam histórias de homens mortos que chegam
em cima de seus camelos! Simboliza a capacidade de suportar grandes
esforços, e de ser um servidor calado. No Saara os povos nômades fazem de tudo
para garantir o bem estar do seu camelo, pois não emite um único som que
denuncie cansaço ou enfermidade, e quando caem é para não mais levantar. Na
Cabala a terceira letra hebraica, Guímel, significa camelo. O caminho cabalístico dessa letra é o mais
longo da Árvore da Vida, e o que perpassa o “caminho do abismo”, aquele que
passa por Daath, o Conhecimento. Este é o caminho do silêncio e da
contemplação, de se ouvir a “Voz Interior” para não se perder a conexão com a essência
do espírito na sua busca pela comunhão com Deus. Muitas semelhanças com o
simbolismo do número 2, como introspecção e reserva sobre os próprios
sentimentos, intuições profundas sobre as coisas e as pessoas que o cercam, bem
como seu desejo de ser útil e colaborar com o próximo, no sentido de aliviar o seu
sofrimento.
NÚMERO 3 – Macaco
Hanuman, o deus macaco da Índia. |
Animal que simboliza a destreza,
a curiosidade, a vontade de aprender e a exploração do novo. Na Índia
representa o deus Hanuman, que era um deus guerreiro, e também um disseminador
do conhecimento espiritual para os seres humanos. Essa divindade possuía muitos
poderes, entre eles o de voar e de o aumentar muitas vezes o próprio
tamanho! O macaco é um animal atribuído ao planeta Mercúrio, símbolo da
comunicação, da inteligência e do conhecimento sagrado. Este planeta se opõe de
forma complementar ao planeta Júpiter, normalmente associado ao número 3. Uma clara
alusão à necessidade de ampliar o próprio saber e percepção de vida, tão
fundamentais àqueles que possuem esse número em proeminência em seus mapas. O
“crescer e voar” de Hanuman também aludem a esse movimento de crescer e
expandir, tão presentes nas pessoas número 3. A alegria, o prazer e as
brincadeiras também associadas a este animal combinam bem com a alegria do 3...
NÚMERO 4 – Boi
O Boi Ápis do antigo Egito. |
Também símbolo de força e
serenidade, o boi é uma força de trabalho e de reprodução, símbolo de poder
material e trabalho que leva à estabilidade financeira. No Egito antigo o Boi
Ápis representava a terra e a força criadora da vida. Ele era associado ao deus
Ptah, o arquiteto e construtor do mundo que se originou do seu pensamento, e foi
realizado por sua palavra! Os gregos também tinham um touro mitológico, o Touro
de Creta, que representava a base da civilização grega em suas tradições de
beleza e riqueza. Em todos esses mitos o boi ou o touro aparece como um símbolo
de trabalho, organização e estruturação que levam à grandeza. As pessoas com
muitos 4 em seus nomes tendem a valorizar todas essas coisas. Creem que o
trabalho dignifica a alma, e amam se sentirem produtivas. Detestam a dúvida,
tanto quanto a precipitação, e preferem a praticidade à idealização excessiva. A
solidez bovina combina muito bem com os melhores atributos do número 4 pela
vida.
NÚMERO 5 – Serpente
A Serpente da Kundalini. |
Um símbolo de renovação e
mudança, tanto quanto de baixos instintos e maldade, a serpente deve isso tanto
ao fato de renovar a si mesma com inúmeras e sucessivas mudanças de pele ao
longo de sua vida, quanto ao seu comportamento de ataque por emboscada e
mordida venenosa. Na mitologia hindu aparece como a Serpente da Kundalini que
descansa na base da coluna e que na hora da iluminação da consciência dispara se elevando subitamente
por todos os chakras, iluminando a consciência no processo. Para os gregos é
Ouroboros, cujo nome significa literalmente “aquele que morde a própria cauda”.
A serpente grega representa o conceito de elevação da mente linear (o chão sob o qual se
arrasta), para um outro nível de consciência (o círculo, símbolo da perfeição e
totalidade). As pessoas 5 são mutáveis, aventureiras, sexuais e
experimentalistas; mas também instáveis, sem foco e direção interior definida.
Devem absorver de cada experiência a sua essência, a quintessência, para então
encontrar seu propósito e realização na vida.
NÚMERO 6 – Lobo
Lobo, animal sábio e misterioso. |
Assim como o leão o lobo não
possui muito boas referências no imaginário popular. Na Europa foi desde o
amaldiçoado rei Licáon (ou Licaão), que por sua violência e maldade foi condenado por Zeus a viver como um homem lobo, sendo o primeiro lobisomen,
até o Lobo Mau dos contos de fadas. Na verdade os lobos são animais sociáveis e
familiares que se organizam em alcateias com estruturas hierárquicas bem
definidas, e vivem em relações monogâmicas para toda a vida. Os nativos da
América do Norte veem no lobo o guia, Mestre ou professor que ilumina os
caminhos dos outros, e como o protetor da família e dos relacionamentos. Assim
também as pessoas 6 são bem zelosas e ocupadas com o bem estar de suas
famílias, amam a estabilidade, a tradição, a rotina, a beleza e o conforto. Por
outro lado podem ser conservadoras demais e muito fechadas em seus “círculos”
pessoais de relacionamento, fechando-se para o novo e as novas perspectivas.
NÚMERO 7 – Coruja
Coruja, animal repleto de mistérios e lendas. |
Animal de hábitos noturnos tem
sido tanto associada ao estudo profundo, à erudição e à sabedoria quanto ao mau
agouro e os submundos sombrios. O
primeiro aspecto se deve graças a sua associação com as deusas Athena grega e
Minerva romana, como seu animal totem, o segundo aspecto se deve, sobretudo, pelo
fato de as corujas muitas vezes frequentarem cemitérios atrás de sua presa urbana
favorita: os ratos... Possuem a capacidade enxergar e ouvir no escuro com
absoluta precisão. Esse mover-se entre as trevas tem sido o seu mote para a
sabedoria, a pesquisa e o saber incomum. De fato as pessoas 7 são profundas,
reservadas e dadas ao estudo de coisas sutis, sofisticadas, ou raras. Possuem
tanto um desejo de compreensão científica quanto metafísica das coisas do
mundo. As pessoas 7 precisam de um tempo de silêncio, retiro e introspecção para
recobrar seu equilíbrio interno, assim como as corujas se recolhem em suas
tocas, em velhos troncos de árvores, para reunir forças para as caçadas da noite, e se proteger dos elementos.
NUMERO 8 – Águia
Zeus, transformado numa águia, sequestra Ganimedes, o mais lindo dos mortais. |
Um animal poderoso, guerreiro e
muito habilidoso que inspira muitos mitos positivos relacionados à amplitude
de visão, nobreza, poder e grandiosidade. Também chamada de “A Rainha dos
Céus”, foi o emblema dos maiores impérios do mundo, como Roma, Pérsia, Prússia
e Estados Unidos! Por seus olhos serem capazes de fitar o Sol diretamente
acabou se tornando símbolo do poder de clarividência. Era o animal símbolo de
Zeus, com o qual contemplava a vida na Terra e no qual se transformou quando
quis sequestrar o belo Ganimedes para torná-lo copeiro dos deuses do Olimpo. Considerada um animal Psicopompo, ou seja, o condutor das almas dos homens para o reino
divino. No xamanismo das tribos nativas da América do Norte a "Medicina da
Águia" também representa a ascensão e a comunicação com o mundo espiritual. O
número 8 também é um número que estimula seus nativos à ascensão material,
pessoal, psicológica e até espiritual se tiver pendores místicos no resto dos
seus mapas, daí sua conexão com esses animais fabulosos.
NÚMERO 9 - Cavalo
Quíron, o centauro sábio... |
Um animal majestoso e nobre que
na mitologia nórdica foi consagrado ao seu deus supremo Odin, que possuía um
cavalo mágico chamado Sleipnir, um corcel mágico e poderoso de oito pernas que
era o mais veloz do mundo! Seu nome significa "aquele que voa ou plana". Outro
mito que os cavalos inspiraram foi o dos centauros, metade homens metade
cavalos. No começo eram inimigos dos homens, pois que se tornavam violentos ao
se embriagarem. Um deles, entretanto, se tornou a personificação da consciência
elevada, da sabedoria e da devoção espiritual: o nobre centauro Quíron. Era um
curador e educador sábio a quem foi confiada a preparação dos grandes heróis da
Grécia. Ferido por uma flecha envenenada não morria, pois que era imortal, mas
sofria sem parar e o seu sofrimento o tornou um curador perfeito e empático! Como
as pessoas 9 que buscam os altos ideais para contemplar a vida, e tornar o mundo
melhor a partir de seu próprio sofrimento e agonia. O que os faz caridosos
humanitários, e naturalmente espirituais.