terça-feira, 5 de abril de 2011

Destino x Livre arbítrio, Qual deles é real?


Eis a velha questão, qual dos dois são a verdadeira face da natureza humana? Teremos todos um destino pré determinado e imutável do qual estamos fadados a cumprir? Uns creem que sim, que tudo o que vivemos está fixamente implantado em nossa psique de tal modo que seja lá o que venhamos a fazer para mudar isso de nada adiantará! Outros ainda dizem que isso é bobagem, que somos os autores da nossa realidade e muitos livros de auto-ajuda apoiam suas teses nessa teoria, muito ocidental e egoica uma vez que coloca o homem no lugar de Deus!

O destino, um tema que desperta temor (Às vezes disfarçado de desdém) 
ou reverência (Às vezes supersticiosa).


Como diriam os antigos: “Nem tanto o mar e nem tanto a terra”, é bem verdade que grande parte daquilo que vivemos está de fato ligado as escolhas conscientes que fazemos no dia a dia. Por outro lado não somos nós que escolhemos quando nascemos ou quando morremos, nem tão pouco nós decidimos quando e como deixaremos de amar alguém ou deixaremos de ser amados, para que possamos estar assim mais preparados. A ilusão do controle total do destino é muito mais uma ilusão do homem que teme os temas transcendentes. Entendendo como transcendente tudo aquilo que vai além da experiência humana. Para alguns essa dimensão é por demais intimidadora, afinal como lidar com uma coisa dessas? Para essa pergunta não há uma resposta fácil ou rápida, pois que depende muito mais de uma maturidade interna ou espiritual do que intelectual propriamente dita. A maturidade espiritual não é uma coisa para todos, e creio sinceramente que muitas pessoas viverão essa e muitas vidas sem alcançá-la. É muito mais fácil desposar uma crença que pense pelo indivíduo do que correr o risco de construir o próprio discernimento. Tanto a fé cega quanto o ceticismo tem a mesma raiz: A total falta de percepção interior.

O conceito de Karma

Para muitos o Karma seria a teoria inegável de que há um destino, e eu particularmente discordo disso. A palavra Karma vem do sânscrito e quer dizer ação. Assim o Karma que vivemos numa vida é o resultado de todas as nossas ações tanto nessa quanto em outras encarnações. O Karma não é o destino imutável, é o resultado de nossas atitudes! É evidente que o resultado de nossas ações retorna a nós de um jeito ou de outro, da mesma forma que um bumerangue retorna a quem o arremessou, ou para ilustrar de outro modo, não há como colher maçãs depois de se ter plantado limões! Isso sim é inexorável. A atitude tomada diante de um retorno kármico é que fará toda a diferença entre um bom final e um péssimo desfecho, ou entre a interrupção ou a continuidade do processo kármico. A consciência e a responsabilidade diante do retorno kármico é o que diferencia aquele que é arrastado pelo “destino” que ele mesmo criou, e aquele que entende que o livre arbítrio é muito mais um entrosamento com as leis da vida do que uma dominação sobre elas.

A roda do karma (Samsara), 
o retorno inexorável de nossas ações!


De todos os conhecimentos da antiguidade ao qual eu me dediquei estudar, como o tarot, a astrologia e a numerologia, foi nesse último que encontrei as melhores respostas para esse velho dilema humano. No estudo dos números como um sistema para o entendimento da psique há um cálculo simples que alguns numerólogos chamam de o número de caminho de vida, ou de número de destino. Obtêm-se esse número somando sua data de nascimento, o dia, mês e ano de nascimento até chegar ao último dígito possível. Uma pessoa nascida, por exemplo, no dia 14-09-1977 terá a regência do número dois como seu número de destino, ou de caminho de vida. Dentro dos significados esotéricos dos números o dois rege todas as atividades onde se trabalhe com a sensibilidade, a intuição, o tato a diplomacia, a memória, o conhecimento dos tempos, o ensino e o inconsciente humano. Por esse motivo os historiadores, antropólogos, diplomatas, terapeutas e psicólogos, místicos e sensitivos, relações públicas, pedagogos... São todos regidos por esse número. O que nos faz pensar: O que definiu que uns seriam terapeutas e outros pedagogos, ou que uns seriam sensitivos e outros historiadores?... O destino?... Sim, o destino!... Como? Veja bem, todas essas aptidões lidam com os atributos do dois, o que acabou moldando uma carreira e não outra foi pura e simplesmente os fatores ambientais, educacionais e pessoais. Sim, o livre arbítrio entra nisso tudo! Fica claro assim que o destino existe tanto quanto o livre arbítrio e que eles interagem para moldar as experiências humanas. Se você perguntar a uma pessoa dessas porque não foi desenvolver outras atividades como a pesquisa científica, a administração, ou os esportes olímpicos (Qualidades mais comuns ao número um) ela dirá que tal coisa nunca lhe passou pela cabeça! Ela não escolheu nada disso porque nada disso estava no seu destino, por isso não houve como o livre arbítrio agir.

O número dois, símbolo da sensibilidade, 
da receptividade e da memória.

Gosto de usar o exemplo das cores, o destino de cada um é como uma determinada cor, digamos o azul. Cada um de nós que nasce com essa cor, entretanto, pode escolher por sua livre escolha e história pessoal uma entre as milhares de tonalidades de azul, do azul cobalto ao azul celeste. Ser uma outra cor qualquer como amarelo, simplesmente não lhe interessa. É importante ressaltar que a numerologia é uma ciência oculta muito acessível, mas nem sempre atua com tanta simplicidade assim. Já encontrei pessoas com caminho de vida dois ocupando cargos agressivos de liderança. Ao verificar seus mapas mais de perto havia uma profusão dos números um, três ou oito que inclinavam para essas tendências. Ao serem indagadas se aquela havia sido a primeira escolha, a maioria alegava que não, e citavam os fatores externos como a influência do pai ou da mãe, o fato de ser a única faculdade que podiam fazer (ou pagar), ou ainda que eram muito jovens e pediram a orientação de terceiros...

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