quarta-feira, 27 de julho de 2011

Amy Winehouse - Um Estudo Numerológico!


Algumas pessoas levam suas vidas como exemplos do que deve ser seguido, e outras de exemplos a serem evitados. Apesar de seu imenso talento Amy Winehouse tornou-se um exemplo de tudo o que deve ser evitado por um jovem astro ou aspirante a popstar. Avaliando alguns pontos do seu mapa numerológico fica claro o potencial para a autodestruição que ela enfim consolidou. 
Os mapas, tanto numerológico quanto astrológico, não podem revelar o ponto de evolução em que se encontra uma alma. Duas pessoas podem ter os mesmos números ou aspectos planetários e darem uma expressão diferente para as mesmas vibrações numéricas ou astrológicas. No caso de Amy vemos muitos pontos do seu mapa numerológico que foram mal canalizados e acabaram pervertendo-se. Para o estudo aqui exposto usaremos a tabela pitagórica de números como vemos abaixo:


O nome completo de Amy Jade Winehouse tem expressão 7, o número que assinala os tipos ou muito profundos ou excêntricos. Aqueles que ao mergulharem em si descobrem as luzes ou as trevas. Quando encontram luzes viram luminares, quando encontram trevas viram tipos atormentados como Amy. Os aspectos negativos do 7 se fazem notar com nitidez em seu mapa pessoal, excentricidade e uma dose bem grande de exclusão dos meios usuais de relacionamento e de envolvimento social. Amy vivia como se não fosse desse planeta, ou pelo menos como se fosse muito difícil viver aqui. A sua motivação (A soma total do valor das vogais e que expressam as emoções) é 6 o que indica que ela buscava união e afeto quase como uma cura para seu profundo sentimento de solidão e estranheza, e que por fim foi o que levou às drogas pesadas, apresentadas a ela pelo ex-marido Blake Fielder. A soma de sua impressão ou persona (O valor das consoantes no seu nome que expressam suas ações no mundo) somam 1, o número do brilho e do sucesso, mas também da agressividade e do egoísmo. O que parece combinar com seu temperamento agressivo com jornalistas e fãs.
Outro fato que chama muito a atenção é de que o nome Amy Winehouse, que ela usou artisticamente, soma 59, que reduzido dá 14/5, *número kármico que adverte sobre excessos de toda espécie e com uma forte tendência aos vícios. Pessoas com esse número têm um pesado comprometimento com a autodisciplina, coisa que definitivamente ela não conseguiu desenvolver! O 14/5 também aparece no seu número psíquico (Que corresponde ao seu dia de nascimento e revela dons ou deficiências). Amy nasceu em 14/09/1983. Suas muitas entradas e saídas de clínicas de recuperação revelam o quanto ela tentou tomar as rédeas da própria vida nas mãos, mas perdeu todas as vezes. 
O primeiro ápice ou pináculo (Que é um dos quatro ciclos que regem a vida de uma pessoa) de Amy iria até os 28 anos foi regido pelo número 5, que também aparece como o número síntese do 14. Esse número revela uma fase de vida com muitos altos e baixos, bons e ruins, um período de mudanças súbitas e de muita instabilidade tanto material quanto emocional. O número de desafio (Que simboliza o que deve ser desenvolvido nesse mesmo período) era o 4. Mais uma vez o apelo para que ela buscasse a organização interior e usasse suas habilidades e talentos o mais disciplinadamente possível. Esse seria o caminho para que Amy chegasse à vida madura com todo o reconhecimento que uma estrela como ela poderia e merecia. 
Essa breve síntese dos números de Amy Winehouse só comprovam que estudos como a numerologia só podem mesmo fazer isso, apontar caminhos e orientar quanto às melhores opções, realizá-las, entretanto, cabe a cada um. Se ela tivesse feito uma análise anterior talvez nada tivesse mudado, ou teria mudado tudo! De qualquer forma o autoconhecimento, mais uma vez, aparece como o melhor caminho para se transformar dificuldades em oportunidades e desdobrar debilidades em evolução interior, o que sempre acaba se revelando exteriormente.

*Reveja o meu artigo sobre Numerologia Kármica

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O número 7

Mistério e Profundidade

O número que possui a chave dos mistérios, pois que contém em si todas as ambiguidades. As possíveis somas do 7 são compostas por números antagônicos. O 1 (individual) com o 6 (Coletivo). O 2 (Das mudanças harmoniosas) com o 5 (Dos movimentos bruscos). O 3 (Da criação abstrata) com o 4 (Da realização no mundo concreto!). Por isso o 7 está associado aos sete passos alquímicos que representam as etapas de transformação e elevação da matéria, ou as sete cores do arco-íris, onde a multiplicidade de tons cria um caminho traçado no ar. Os antigos vikings viam nesse fenômeno uma ponte entre o reino dos deuses e o dos homens... Ou seja, mais uma vez o 7 sugere uma ligação e uma síntese entre dois mundos diferentes! E é exatamente isso que o 7 faz, aproximar naturezas opostas sintetizando e combinando suas forças para que se extraia algo mais puro, poderoso ou mais elevado. E isso traz a esse número as qualidades de introspecção, reflexão, crítica e ponderação.
Qualidades essas imprescindíveis para o desenvolvimento espiritual, daí o 7 ser tantas vezes associado ou referido ao mundo espiritual, ao ocultismo e a todos os conhecimentos que levam o ser humano ao interior de si mesmo com o intuito de obter respostas sobre o significado da existência!
Por outro lado o 7 também é o número da solidão, da confusão emocional e das perversões da alma! O planeta Netuno está associado às características do 7. Representa a qualidade da inspiração mística e artística. No tarot o sétimo arcano, O Carro, mostra um cavaleiro puxando uma carruagem onde os cavalos dirigem os corpos para sentidos opostos, mas ambos olham para a mesma direção em que está o olhar do condutor (Confira no Tarot de Marselha), simbolizando seu perfeito domínio sobre as adversidades e sua determinação interior. Na astrologia o sétimo signo é Libra, o signo da ponderação das partes em busca da justiça e do equilíbrio.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

As Seis Deusas da Alma


Os escritores norte-americanos Roger J. Woolger e sua esposa Jennifer Barker Woolger escreveram o livro A Deusa Interior, uma apurada pesquisa sobre os seis arquétipos femininos essenciais presentes na psique tanto de mulheres quanto de homens. Outros livros relacionando mitologia e psicologia foram escritos antes e depois, como He, She e We de Robert A. Johnson e Os Deuses e o Homem de Jean Shinoda Bolen. Considero a simplicidade e a praticidade do livro do casal Woolger muito mais tocante! 

A obra ainda oferece um questionário que possibilita ao leitor avaliar com qual face do feminino interior ele (a) está mais conectado. A obra possui, entretanto, duas falhas fundamentais, em minha opinião, que são: primeiro que os autores não dão sugestões de como restaurar terapeuticamente a potência de uma deusa que por ventura não apareça no seu mapa das deusas, segunda ele mesmos chamam. O segundo erro, muito comum nos autores da América, é o excesso de identificação com os arquétipos de sua cultura. A deusa Hera vem a ser o caso mais típico! Ela aparece com uma das vilãs das minisséries de tevê, suas qualidades de administradora e política quase são suprimidas em sua totalidade! As constatações do casal Woolger se referem às observações feitas por eles em suas pacientes de consultório. A definição de seis arquétipos básicos da psique me pareceu muito precisa e logo passei a utilizá-la nos meus próprios clientes. 
*Com o tempo modelei um curso de oito encontros onde apresento as seis deusas com suas respectivas personalidades, sombra e a “chaga”, ou deficiência que deve ser elaborada dentro da personalidade de cada uma. Tomei o cuidado de ampliar os aspectos úteis e luminosos da deusa Hera, e de apresentar um guia para o desenvolvimento das qualidades arquetípicas das deusas que não aparecem no mapa da psique. Uma harmonia entre as seis forças arquetípicas é fundamental! A falta de um indica o não desenvolvimento de um aspecto da vida.
Apresento aqui um breve histórico das deusas, suas características principais e algumas de suas filhas e filhos amadurecidos:


Afrodite: Nascida do sêmen do pênis decepado de Urano teve um casamento arranjado com Hefestos o deus ferreiro, mas teve muitos amantes, como o deus da guerra Ares e o jovem e belo Adônis. É a deusa que rege os romances tanto quanto a sexualidade humana, a sedução e coisas afins como moda, beleza, e o mundo das celebridades. Desde cedo se sente atraída pelos homens e eles por ela. De todas as deusas essa vem a ser a que tem mais dificuldade de integrar as outras qualidades em si, devido a isso envelhecer é particularmente complicado para ela. Sua chaga é a solidão.

Uma Afrodite que amadureceu: Brigitte Bardot, quando a juventude e o status de sex symbol acabou ela incorporou a porção Ártemis de sua alma e se tornou uma defensora dos direitos dos animais. Entre os homens filhos dessa deusa, podemos destacar Giuliano Gemma, galã dos westerns italianos, quando se afastou do cinema se dedicou às artes plásticas e virou um consagrado escultor.

Athena: nascida da cabeça do deus supremo Zeus, ela não teve infância, pois que foi concebida adulta. Era a deusa da civilização, das artes e das ciências. Seu culto marca o fim da fase agrícola da cultura grega. Essa deusa rege o mundo acadêmico e desde cedo possui afinidade com o mundo intelectual dos homens se sentindo pouco à vontade com as brincadeiras das meninas e com o papel tradicional das mulheres. Sua vivacidade intelectual a destaca logo cedo nos estudos, mas complica sua vida íntima. Athena era uma deusa virgem. Sua chaga é a ausência do seu corpo e dos seus instintos.

Uma Athena que amadureceu: Simone de Beauvoir, intelectual existencialista francesa que foi uma das pioneiras do movimento feminista, autora do livro O Segundo Sexo. Teve um longo e polêmico relacionamento com o filósofo Sartre. O próprio Sartre também é um belo exemplo de homem filho de Athena, foi um aguerrido defensor dos direitos humanos, ficou conhecido por defender a obra do seu amigo e também escritor Jean Genet, que era um polêmico poeta e romancista homossexual assumido na França da década de 50.



Hera: esposa e irmã de Zeus dividiu com ele os domínios dos céus. Protegia o casamento, mas ficou mais conhecida por tramar e perseguir contra os filhos bastardos do seu marido. Diz a lenda que ela tinha sete templos por toda a Grécia, mas que Hércules, um dos filhos ilegítimos do seu marido, destruiu todos! A deusa Hera interior é uma administradora nata, possui muitas ideias e planos de vida. Seu mundo interior é tão rico que uma vida não basta para cumprir tudo o que ela ambiciona. E isso pode ser a fonte de suas frustrações, quando ela começa a apontar para o marido e ou os filhos para que concretizem aquilo que ela não pode. Sua chaga é justamente a vida não vivida.

Uma Hera que amadureceu: Benazir Bhutto primeira mulher a ocupar o cargo de premiê do Paquistão, um país muçulmano de tradições fortemente machistas! Sofreu um golpe que a destituiu do governo e em 2007, quando tentava voltar ao país, foi assassinada num atentado assumido mais tarde pela Al-Qaeda! Gandhi, um típico filho de Hera, foi primeiro ministro da Índia e um líder pacificador que libertou seu país do domínio britânico sem pegar em armas, mas acabou assassinado por permitir a divisão do terrítório indiano com os muçulmanos, o que deu origem ao Paqusitão.


Deméter: deusa da agricultura e irmã de Zeus, possuía uma única filha sequestrada por Hades, deus do submundo, que se apaixonara por ela. Na luta pela posse da filha e com intervenção do deus Hermes, foi definido que a jovem Perséfone, a filha de Deméter, ficaria um quarto do ano com o marido, época em que sua mãe criava então o inverno. No verão estavam juntas e a primavera e o outono marcavam sua chegada e ou partida. A mulher Deméter é mãe em essência. Adora cuidar de tudo e de todos que pareçam pequenos ou frágeis. Não possui a ambição de suas outras três irmãs, gosta do ambiente doméstico e tudo o que se relaciona com ele. Coisas como a culinária, a decoração, artesanato a recreação infantil, etc. Sua chaga é justamente a maternidade perdida ou não vivida. Não lida bem com o esvaziamento do ninho quando os filhos saem de casa e frustra-se violentamente se não puder ser mãe.

Uma Deméter que amadureceu: Zilda Arns, pediatra e sanitarista dedicou sua vida a cuidar de crianças pobres e em precárias condições de vida e higiene. Desenvolveu uma metodologia própria de multiplicação de conhecimento entre as famílias carentes como uma forma de combater a multiplicação de doenças e a marginalidade entre as crianças. O médico norte amerciano Patch Adams é um bom exemplo de um filho de Deméter, sua filosofia de trabalho com a medicina inclui o amor e o riso e costuma dizer que o melhor método para curar os próprios problemas é dedicar-se a cuidar do próximo.



Ártemis: deusa das florestas e dos animais selvagens era filha de Zeus e Era. Pediu ao pai que nunca se casasse porque viu o sofrimento de sua mãe no parto do seu irmão Apolo, e seu pai concedeu-lhe esse pedido. As filhas de Ártemis, assim como sua mãe, gostam de ficar sozinhas com seus pensamentos, amam a vida ao ar livre, a natureza, os animais e a liberdade como um todo. Não teme o trabalho duro e uma vida de certa forma rude por assim dizer... Não se sentem bem localizadas na cidade e acham a vida urbana estressante. Esse deslocamento diante do mundo civilizado é justamente o que constitui a sua chaga... O não reconhecimento do seu papel no mundo!

Uma Ártemis que amadureceu: Dian Fossey, naturalista americana que dedicou a vida a estudar e observar a vida dos gorilas da montanha em Ruanda. Graças ao seu trabalho, pesquisa e denúncias à comunidade internacional é que foi possível saber como esses animais raros viviam e também sobre ameaça que sofriam por parte dos caçadores! Os mesmos caçadores que mataram Dian. Sua morte serviu, ironicamente, para a criação de leis de proteção aos gorilas. Jacques Cousteau, oceanógrafo francês que pesqusisou e defendeu a preservação da vida marinha e incitou os filhos a continuarem seu trabalho. É um outro belo exemplo masculino da deusa Ártemis interior.


Perséfone: filha de Deméter era uma koré, ou menina, quando foi levado ao submundo, mas ao retornar tornou-se a rainha das sombras, uma peça importante para a manutenção da vida. Ela incorpora o mistério da existência e do ciclo das estações. Uma intermediária entre mundo concreto dos vivos e o mundo espiritual dos mortos. Essa deusa encarna o arquétipo da bruxa, da vidente, cartomante, curandeira ou sensitiva que conhece os desígnios do tempo e do destino. É atraída pelo mistério, o simbolismo, a história e tudo o que leve ao entendimento da alma humana. Percebe tudo com muita profundidade, o que a faz sensível demais, ao ponto de entrar em conflito com o mundo terreno das impurezas e instintos básicos. O que pode levá-la a desvios escapistas. Sua chaga é justamente a alma infantil que não quer crescer nem perder contato com o mundo ideal de suas visões.

Uma Perséfone que amadureceu: Emma Kunz, médium, curadora e artista plástica suíça, curou muitas pessoas com ervas e minérios apenas entrando em “contato” com a essência deles e das pessoas que a procuravam. Suas curas se tornaram quase lendárias e as pessoas tratadas nunca tiverem reincidência dos males que originalmente as havia levado até Emma. Hoje existe um instituto que leva o seu nome e que se localiza na casa em que viveu. Entre os filhos homens de Perséfone podemos destacar Chico Xavier, consagrado médium brasileiro reconhecido internacionalmente por suas psicografias que revelavam detalhes impressionantes da vida de pessoas falecidas que ele nunca conheceu! Dedicou sua vida a fazer a caridade aos menos favorecidos e levou conforto à milhares de famílias.